Graça e Paz!
Visto que somos colaboradores de Deus (2Cor 6,1), seguimos Jesus Cristo, nas pegadas de Paulo, uma das figuras mais expressivas do Novo Testamento. Encontramos informações sobre sua vida nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas que ele escreveu. Recomendamos a Leitura de Atos e ver o filme que se encontra no rodapé desta página.
Paulo é capaz de amar todos os membros das comunidades, sem distinções. Constantemente os chama «caríssimos» e «amados». Quer que todos sejam fiéis a Deus. É assim que se tornarão seus filhos, como, por exemplo, o é Timóteo (1Cor 4,17). É interessante ler as Cartas de Paulo e anotar com quanta freqüência ele usa expressões tais como: tudo, todo, sempre, continuamente, sem cessar, etc., para com elas expressar sua constante preocupação para com todos.
Atividade apostólica
Jesus, durante sua vida, se movimentou quase que exclusivamente dentro de uma pequena região, a Palestina. Poucas vezes ele esteve em terras que não pertenciam aos judeus. Falou do Reino semelhante ao grão de mostarda que cresce e abriga os pássaros (Lc 13,18-19). E pediu que os discípulos percorressem o mundo e anunciassem o Evangelho a todos (Mc 16,15).
Paulo missionário - Viagens apostólicas
Paulo missionário - Viagens apostólicas
Depois que se converteu, Paulo começou a anunciar o Evangelho aos judeus. Mas eles o perseguiam e lhe criavam uma série de obstáculos. Diante da rejeição do Evangelho por parte dos seus conterrâneos, ele se volta para os pagãos (At 13,44-49). Até o fim da vida, Paulo tem consciência de ter sido destinado a levar a Palavra de Deus aos pagãos, pois, em Cristo, o Pai chama todos à salvação. A esse projeto Paulo dá o nome de mistério, e ele é seu principal executor.
Mas não é fácil pôr em prática esse plano quando se trata de aplicá-lo a realidades diferentes daquelas que Jesus de Nazaré viveu. O próprio Paulo não conheceu pessoalmente Jesus. O que ele fez foi a experiência do Cristo ressuscitado. Portanto, ao anunciar o Evangelho aos pagãos, foi preciso adaptá-lo à mentalidade dos ouvintes, respondendo às preocupações que eles tinham, conservando o que era essencial e deixando de lado o que não era importante.
Vamos fazer uma síntese de suas quatro viagens missionárias.
PRIMEIRA VIAGEM
1. O ponto de partida da primeira viagem de Paulo foi Antioquia da Síria (At 13,1-4). Barnabé e Marcos o acompanharam. Selêucia era uma cidade portuária, onde Paulo e seus companheiros embarcaram.
2. A missão em Chipre. Chipre era a terra natal de Barnabé (At 4,36), região das primeiras atividades missionárias de Paulo. Em Salamina, anunciaram a Palavra de Deus nas sinagogas (At 13,4-5). Depois, atravessaram a ilha até o outro extremo dela, chegando a Pafos (13,6-12), onde o apóstolo dos gentios pregou para o procônsul Sérgio Paulo e enfrentou Elimas, o mágico, que se opôs à pregação do Evangelho. Mas a mensagem divina triunfou e o encantador ficou cego por um determinado tempo.
3. Galácia do Sul (Pisídia e Licaônia). Depois, Paulo deixou a ilha e seguiu para o continente, passando por Perge, cidade da Panfilia. Marcos se assombrou com a hostilidade daquela sociedade pagã e voltou para a casa de sua mãe, em Jerusalém. Na sinagoga de Antioquia da Pisídia, o apóstolo dos gentios pregou aos judeus.
Expulso de Antioquia da Pisídia, Paulo foi para Icônio (At 13,50; 14,1-5). Como as hostilidades eram as mesmas da cidade anterior, havendo motim tanto dos judeus como dos gentios, foram para a região da Licaônia, e fundaram igrejas em Listra e Derbe.
A atividade missionária de Paulo em Listra resultou na cura de um coxo (14,8-10). Isso chamou a atenção das multidões, onde o apóstolo dos gentios aproveitou para anunciar a Palavra de Deus. Os judeus de Antioquia da Pisídia e de Icônio o atacaram, e ele foi arrastado da cidade, quase morto (At 14,19).
4. Fim da primeira viagem. Depois disso, Paulo e Barnabé foram para Derbe (14,20). De lá, retomaram ao ponto de partida, confirmando as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia (14.22) e estabelecendo pastores nativos em cada uma delas (14,23). Essa primeira viagem começou em 46 e terminou em 48 d.C. e é narrada nos capítulos 13 e 14 de Atos.
SEGUNDA VIAGEM
1. Paulo e Barnabé se separam. Depois do Concílio de Jerusalém, Paulo resolveu empreender outra viagem. Era a segunda, com dois objetivos: visitar as igrejas que ele fundara durante a sua primeira missão e abrir novos campos de trabalho. Barnabé queria levar seu sobrinho Marcos, mas o apóstolo dos gentios não concordou com a ideia, pois aquele jovem havia voltado do meio do caminho, na vez anterior. Isso foi motivo para se separarem, apesar de terem continuado amigos.
2. Visitando as igrejas. Paulo e Silas partiram de Antioquia da Síria, de onde havia uma estrada que ia até Tarso e Ásia Menor. Portanto, nessa segunda viagem, o apóstolo dos gentios viajou por terra, atravessou a Cilícia, região onde se situava Tarso, sua terra natal, (não há registro de que ele tenha realizado trabalhos missionários em sua cidade), e seguiu direto para Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia, a fim de fortalecer as igrejas.
Em Listra, encontrou Timóteo e levou-o também. Os três atravessam a região frígio-gálata (região norte da Galácia). onde são "impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia" (At 16,6). Seguiram para Mísia e tentaram ir a Bitínia, "mas o Espírito não permitiu" (At 16,7). Então, partiram para Trôade (At 16,8).
3. Trôade e Neápolis. Antiga Troia da Ilíada de Homero. Nessa cidade, Paulo teve uma visão em que alguém lhe dizia: "Passa à Macedônia e ajuda-nos!" (16,9). Nessa localidade, Lucas se juntou à comitiva (16,10). Navegaram para Neápolis, durante dois dias de viagem, e chegaram a Filipos.
4. Filipos. Colônia romana e uma das principais cidades da Macedônia. Com essa visita, Paulo fundou a primeira igreja européia. Ao entrar, assim, neste continente, ele se deparou com outra realidade. Os romanos seriam uma nova experiência para o seu apostolado.
Nessa cidade, ele organizou uma igreja na casa de Lídia, vendedora de púrpura (16,14-15). Nessa ocasião, libertou uma adivinha da opressão maligna e foi, por isso, para a cadeia, juntamente com Silas. O resultado foi a conversão do carcereiro (16,33-34). Os direitos dos dois, como cidadãos romanos, foram desrespeitados. De lá, partiram para Tessalônica, passando por Anfípolis e Apolônia (At 17,1).
5. Tessalônica e Beréia. Tessalônica era a principal cidade da Macedônia. Sua população era constituída de gregos, romanos e judeus. Como de costume, o apóstolo procurou uma sinagoga, para iniciar seu trabalho. Paulo só ficou três semanas nessa localidade. por causa da perseguição (17,2-5). De lá, partiram para Bereia (v.10).
Os bereanos foram mais receptivos que os tessalonicenses e Paulo. na sinagoga, anunciou o Evangelho de Cristo Jesus Como Bereia estava próxima de Tessalônica, não demorou muito, para que os mesmos judeus, os quais perseguiram o apóstolo, viessem também para aquela cidade. Assim, ele saiu às pressas e sozinho, indo para Atenas, deixando Silas e Timóteo naquela localidade (At 17,13-15).
6. Atenas. Paulo navegou para Atenas, o centro cultural do mundo grego. Lá, pregou para os filósofos estóicos e epicureus (duas escolas filosóficas muito em voga nos dias do apóstolo), e fundou uma igreja, como resultado dessa pregação, mas com um grupo muito pequeno.
De Atenas, partiu para Corinto (At 18,1). A maneira como Paulo descreveu o estado psicológico em que se encontrava, ao chegar naquela cidade (1 Cor 2,1-5), mostra que a sua emoção ia muito além das palavras de Lucas, em Atos 17,32-33.
7. Corinto. Era a capital da Grécia, naqueles dias, com uma população de, aproximadamente, 500 mil habitantes. Paulo permaneceu ali. durante um ano e meio, onde ensinou a Palavra de Deus (At 18,11). Morou na casa de Áquila (judeu do Ponto e expulso de Roma, por determinação de Cláudio) e Priscila, sua mulher.
Em Corinto, em 52 d.C., ele escreveu 1 Tessalonicenses (1 Ts 3.6). Em menos de um ano, ele enviou. a segunda carta para a mesma igreja.
De lá, foi para Cencreia, cidade portuária, de onde partiu para sua base(18,18), com breve parada em Éfeso, navegando, em seguida, rumo a Cesareia, de onde seguiu para Jerusalém e depois Antioquia da Síria (18,22).
TERCEIRA VIAGEM
1. Éfeso. Paulo começou a terceira viagem a partir de Antioquia da Síria, como fez nas duas primeiras (At 13,2-4; 15,35-40; 18,23). Lucas omitiu detalhes dessa trajetória, até chegar a Éfeso.
a) Localização. CapitaI da Ásia Menor, era a cidade. mais importante da região, pois localizava-se no cruzamento das rotas comerciais. Nela, encontrava-se o templo da deusa Diana, chamada pelos romanos de Ártemis, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
b) Primeiros discípulos em Éfeso. Por essa cidade havia passado Apolo (18,24) que foi instruído por Áquila (18,26). Paulo encontrou nela um grupo de 12 novos convertidos, que conheciam apenas o batismo de João (19,1-7).
2. Regresso de Paulo. Novamente, Paulo viaja para Corinto, onde passou três meses (20,3), Aos coríntios ele escreveu duas cartas. De Éfeso, a primeira; e da Macedônia, a segunda, Nessa última visita a Corinto, escreveu a carta aos Romanos, em 58 d.C., à irmã Febe, de Cencreia; foi a portadora (Rm 16,1).
Na volta para Antioquia da Frígia, por terra, visitou as igrejas da Macedônia (20,1-2), até chegar a Mileto, depois de passar cinco dias em Filipos.
De Mileto, mandou chamar os anciãos da igreja em Éfeso, pois tinha pressa, e queria chegar o mais rápido possível a Jerusalém, para a festa de Pentecostes (20,16). Na praia local, fez o célebre discurso de despedida (20,17-38). Depois, segue para Cesareia, passando pela Fenícia, e, em seguida, chega à Cidade Santa, onde é preso pelos judeus (At 21,1-8,27-36).
QUARTA VIAGEM
1. Paulo é preso em Jerusalém. Isso aconteceu no Templo (21,27). Ele se defendeu diante do povo (21,40-22.2]) e do Sinédrio (22,30 - 23,10). É enviado para Cesareia, onde se apresenta diante de Félix (23,23; 24,1-27), Festo e Agripa (25,22-26ss).
2. Viagem para Roma. Como Paulo apelou para César (25,11; 26,32), na condição de prisioneiro romano, partiu de Cesareia com destino a Roma (27,1-2). Foi uma viagem muito difícil. Era inverno e o navio naufragou em Malta, onde esteve três meses (28,1-11). Até que chegou à capital do Império em 62 d.C.
3. Epístolas de Roma. Da capital do Império, escreveu as seguintes cartas: Efésios, Colossenses e Filêmon, em 62 d.C.; Filipenses, em 63 d.C. Entre 67 e 68: 2ª Timóteo, após o incêndio de Roma, quando estava preso pela segunda vez, durante a sua liberdade condicional. Em 64 d.C., escreveu da Macedônia: 1ª Timóteo e a epístola a Tito.
Vamos fazer uma síntese de suas quatro viagens missionárias.
PRIMEIRA VIAGEM
1. O ponto de partida da primeira viagem de Paulo foi Antioquia da Síria (At 13,1-4). Barnabé e Marcos o acompanharam. Selêucia era uma cidade portuária, onde Paulo e seus companheiros embarcaram.
2. A missão em Chipre. Chipre era a terra natal de Barnabé (At 4,36), região das primeiras atividades missionárias de Paulo. Em Salamina, anunciaram a Palavra de Deus nas sinagogas (At 13,4-5). Depois, atravessaram a ilha até o outro extremo dela, chegando a Pafos (13,6-12), onde o apóstolo dos gentios pregou para o procônsul Sérgio Paulo e enfrentou Elimas, o mágico, que se opôs à pregação do Evangelho. Mas a mensagem divina triunfou e o encantador ficou cego por um determinado tempo.
3. Galácia do Sul (Pisídia e Licaônia). Depois, Paulo deixou a ilha e seguiu para o continente, passando por Perge, cidade da Panfilia. Marcos se assombrou com a hostilidade daquela sociedade pagã e voltou para a casa de sua mãe, em Jerusalém. Na sinagoga de Antioquia da Pisídia, o apóstolo dos gentios pregou aos judeus.
Expulso de Antioquia da Pisídia, Paulo foi para Icônio (At 13,50; 14,1-5). Como as hostilidades eram as mesmas da cidade anterior, havendo motim tanto dos judeus como dos gentios, foram para a região da Licaônia, e fundaram igrejas em Listra e Derbe.
A atividade missionária de Paulo em Listra resultou na cura de um coxo (14,8-10). Isso chamou a atenção das multidões, onde o apóstolo dos gentios aproveitou para anunciar a Palavra de Deus. Os judeus de Antioquia da Pisídia e de Icônio o atacaram, e ele foi arrastado da cidade, quase morto (At 14,19).
4. Fim da primeira viagem. Depois disso, Paulo e Barnabé foram para Derbe (14,20). De lá, retomaram ao ponto de partida, confirmando as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia (14.22) e estabelecendo pastores nativos em cada uma delas (14,23). Essa primeira viagem começou em 46 e terminou em 48 d.C. e é narrada nos capítulos 13 e 14 de Atos.
SEGUNDA VIAGEM
1. Paulo e Barnabé se separam. Depois do Concílio de Jerusalém, Paulo resolveu empreender outra viagem. Era a segunda, com dois objetivos: visitar as igrejas que ele fundara durante a sua primeira missão e abrir novos campos de trabalho. Barnabé queria levar seu sobrinho Marcos, mas o apóstolo dos gentios não concordou com a ideia, pois aquele jovem havia voltado do meio do caminho, na vez anterior. Isso foi motivo para se separarem, apesar de terem continuado amigos.
2. Visitando as igrejas. Paulo e Silas partiram de Antioquia da Síria, de onde havia uma estrada que ia até Tarso e Ásia Menor. Portanto, nessa segunda viagem, o apóstolo dos gentios viajou por terra, atravessou a Cilícia, região onde se situava Tarso, sua terra natal, (não há registro de que ele tenha realizado trabalhos missionários em sua cidade), e seguiu direto para Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia, a fim de fortalecer as igrejas.
Em Listra, encontrou Timóteo e levou-o também. Os três atravessam a região frígio-gálata (região norte da Galácia). onde são "impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia" (At 16,6). Seguiram para Mísia e tentaram ir a Bitínia, "mas o Espírito não permitiu" (At 16,7). Então, partiram para Trôade (At 16,8).
3. Trôade e Neápolis. Antiga Troia da Ilíada de Homero. Nessa cidade, Paulo teve uma visão em que alguém lhe dizia: "Passa à Macedônia e ajuda-nos!" (16,9). Nessa localidade, Lucas se juntou à comitiva (16,10). Navegaram para Neápolis, durante dois dias de viagem, e chegaram a Filipos.
4. Filipos. Colônia romana e uma das principais cidades da Macedônia. Com essa visita, Paulo fundou a primeira igreja européia. Ao entrar, assim, neste continente, ele se deparou com outra realidade. Os romanos seriam uma nova experiência para o seu apostolado.
Nessa cidade, ele organizou uma igreja na casa de Lídia, vendedora de púrpura (16,14-15). Nessa ocasião, libertou uma adivinha da opressão maligna e foi, por isso, para a cadeia, juntamente com Silas. O resultado foi a conversão do carcereiro (16,33-34). Os direitos dos dois, como cidadãos romanos, foram desrespeitados. De lá, partiram para Tessalônica, passando por Anfípolis e Apolônia (At 17,1).
5. Tessalônica e Beréia. Tessalônica era a principal cidade da Macedônia. Sua população era constituída de gregos, romanos e judeus. Como de costume, o apóstolo procurou uma sinagoga, para iniciar seu trabalho. Paulo só ficou três semanas nessa localidade. por causa da perseguição (17,2-5). De lá, partiram para Bereia (v.10).
Os bereanos foram mais receptivos que os tessalonicenses e Paulo. na sinagoga, anunciou o Evangelho de Cristo Jesus Como Bereia estava próxima de Tessalônica, não demorou muito, para que os mesmos judeus, os quais perseguiram o apóstolo, viessem também para aquela cidade. Assim, ele saiu às pressas e sozinho, indo para Atenas, deixando Silas e Timóteo naquela localidade (At 17,13-15).
6. Atenas. Paulo navegou para Atenas, o centro cultural do mundo grego. Lá, pregou para os filósofos estóicos e epicureus (duas escolas filosóficas muito em voga nos dias do apóstolo), e fundou uma igreja, como resultado dessa pregação, mas com um grupo muito pequeno.
De Atenas, partiu para Corinto (At 18,1). A maneira como Paulo descreveu o estado psicológico em que se encontrava, ao chegar naquela cidade (1 Cor 2,1-5), mostra que a sua emoção ia muito além das palavras de Lucas, em Atos 17,32-33.
7. Corinto. Era a capital da Grécia, naqueles dias, com uma população de, aproximadamente, 500 mil habitantes. Paulo permaneceu ali. durante um ano e meio, onde ensinou a Palavra de Deus (At 18,11). Morou na casa de Áquila (judeu do Ponto e expulso de Roma, por determinação de Cláudio) e Priscila, sua mulher.
Em Corinto, em 52 d.C., ele escreveu 1 Tessalonicenses (1 Ts 3.6). Em menos de um ano, ele enviou. a segunda carta para a mesma igreja.
De lá, foi para Cencreia, cidade portuária, de onde partiu para sua base(18,18), com breve parada em Éfeso, navegando, em seguida, rumo a Cesareia, de onde seguiu para Jerusalém e depois Antioquia da Síria (18,22).
TERCEIRA VIAGEM
1. Éfeso. Paulo começou a terceira viagem a partir de Antioquia da Síria, como fez nas duas primeiras (At 13,2-4; 15,35-40; 18,23). Lucas omitiu detalhes dessa trajetória, até chegar a Éfeso.
a) Localização. CapitaI da Ásia Menor, era a cidade. mais importante da região, pois localizava-se no cruzamento das rotas comerciais. Nela, encontrava-se o templo da deusa Diana, chamada pelos romanos de Ártemis, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
b) Primeiros discípulos em Éfeso. Por essa cidade havia passado Apolo (18,24) que foi instruído por Áquila (18,26). Paulo encontrou nela um grupo de 12 novos convertidos, que conheciam apenas o batismo de João (19,1-7).
2. Regresso de Paulo. Novamente, Paulo viaja para Corinto, onde passou três meses (20,3), Aos coríntios ele escreveu duas cartas. De Éfeso, a primeira; e da Macedônia, a segunda, Nessa última visita a Corinto, escreveu a carta aos Romanos, em 58 d.C., à irmã Febe, de Cencreia; foi a portadora (Rm 16,1).
Na volta para Antioquia da Frígia, por terra, visitou as igrejas da Macedônia (20,1-2), até chegar a Mileto, depois de passar cinco dias em Filipos.
De Mileto, mandou chamar os anciãos da igreja em Éfeso, pois tinha pressa, e queria chegar o mais rápido possível a Jerusalém, para a festa de Pentecostes (20,16). Na praia local, fez o célebre discurso de despedida (20,17-38). Depois, segue para Cesareia, passando pela Fenícia, e, em seguida, chega à Cidade Santa, onde é preso pelos judeus (At 21,1-8,27-36).
QUARTA VIAGEM
1. Paulo é preso em Jerusalém. Isso aconteceu no Templo (21,27). Ele se defendeu diante do povo (21,40-22.2]) e do Sinédrio (22,30 - 23,10). É enviado para Cesareia, onde se apresenta diante de Félix (23,23; 24,1-27), Festo e Agripa (25,22-26ss).
2. Viagem para Roma. Como Paulo apelou para César (25,11; 26,32), na condição de prisioneiro romano, partiu de Cesareia com destino a Roma (27,1-2). Foi uma viagem muito difícil. Era inverno e o navio naufragou em Malta, onde esteve três meses (28,1-11). Até que chegou à capital do Império em 62 d.C.
3. Epístolas de Roma. Da capital do Império, escreveu as seguintes cartas: Efésios, Colossenses e Filêmon, em 62 d.C.; Filipenses, em 63 d.C. Entre 67 e 68: 2ª Timóteo, após o incêndio de Roma, quando estava preso pela segunda vez, durante a sua liberdade condicional. Em 64 d.C., escreveu da Macedônia: 1ª Timóteo e a epístola a Tito.
Pelo fato de não ter vivido com Jesus como os demais apóstolos, ele enfrentou sérias dificuldades. Alguns afirmavam: «Ele não é apóstolo, pois não viu o Senhor.» Paulo se defende, contando sua experiência com Cristo (Gl 1,12; 2Cor 12,1-4). Outros diziam: «Só quem andou com Jesus de Nazaré é que pode fundar comunidades.» A essa crítica ele responde, por exemplo, em 1Cor 9,2-3. Outros, ainda, afirmavam: «Ele realmente não é apóstolo. Pois, se fosse, teria a coragem de viver à custa da comunidade. Ele não é livre.» Paulo responde que, para ele, anunciar o Evangelho é uma obrigação (1Cor 9,15-17). Ele cumpre uma ordem. Por isso, não tem direito de ser sustentado por outros. Ele considerava muito perigoso unir pregação do Evangelho com dinheiro. Por isso, preferia ganhar o pão com o suor do rosto, e anunciar o Evangelho gratuitamente (cf. Fl 4,15-17), apesar de Jesus ter dito que o operário é digno do seu sustento (Mt 10,10).
Além disso, ele teve que lutar contra os falsos missionários (cf. 2Cor 10-12), que anunciavam um evangelho fácil, que fugiam da humilhação e da tribulação. Paulo não tem em mãos o Evangelho escrito. Ele o traz impresso na sua carne, marcada por toda sorte de sofrimento (1Cor 11,21-29), a ponto de estar crucificado com Cristo (Gl 2,19), trazendo em seu corpo as marcas da paixão de Jesus (2Cor 4,10; Gl 6,17), e completando, no seu corpo, o que falta das tribulações de Cristo (Cl 1,24). Assim ele pode dizer que já não é ele que vive, mas é Cristo que vive nele (Gl 2,20). É assim que ele anuncia o Evangelho.
As Cartas (= "corpus paulinum")
Carta ou epístola? Essa questão é clássica nos estudos dos escritos de Paulo. Esses escritos devem ser chamados de "cartas" ou de "epístolas"? Não é tão fácil enquadrar o "corpus paulinum" em uma dessas categorias sem deixar de considerar a outra.
Conforme a concepção literária da Antiguidade, entende-se por "epístola" um texto de índole filosófica, com ensinamentos, exortações e um desenvolvimento de pensamentos que vão formando um corpo de doutrina.
Por "carta", entende-se um escrito menos interessado em desenvolver um ensinamento, e, sim, dirigir-se a uma pessoa ou grupo de pessoas, declarando fatos importantes, dando notícias e marcando a caminhada. Sob esse prisma, pode-se compreender que os escritos de Paulo podem ser considerados ora epístolas, ora cartas. Embora sejam escritos dirigidos a grupos ou pessoas (portanto, "cartas"), apresentam importantes considerações teológicas (então: epístolas). Mas, se fossem considerados epístolas, teriam elementos estranhos a esse tipo de literatura, como palavras apaixonadas do autor quando trata da conduta de alguns, bem como notícias particulares e saudações.
Um dos escritos que, não obstante os elementos próprios do "estilo carta", pode ser considerado epístola é a Carta aos Romanos. Igualmente, no escrito aos Filipenses, não obstante os problemas identificados na crítica interna da Carta, encontramos um escrito "quase epístola".
Isso posto, chamaremos todos os escritos do "corpus paulinum" de "cartas", reconhecendo que alguns poderiam ser considerados "epístolas".
Carta ou epístola? Essa questão é clássica nos estudos dos escritos de Paulo. Esses escritos devem ser chamados de "cartas" ou de "epístolas"? Não é tão fácil enquadrar o "corpus paulinum" em uma dessas categorias sem deixar de considerar a outra.
Conforme a concepção literária da Antiguidade, entende-se por "epístola" um texto de índole filosófica, com ensinamentos, exortações e um desenvolvimento de pensamentos que vão formando um corpo de doutrina.
Por "carta", entende-se um escrito menos interessado em desenvolver um ensinamento, e, sim, dirigir-se a uma pessoa ou grupo de pessoas, declarando fatos importantes, dando notícias e marcando a caminhada. Sob esse prisma, pode-se compreender que os escritos de Paulo podem ser considerados ora epístolas, ora cartas. Embora sejam escritos dirigidos a grupos ou pessoas (portanto, "cartas"), apresentam importantes considerações teológicas (então: epístolas). Mas, se fossem considerados epístolas, teriam elementos estranhos a esse tipo de literatura, como palavras apaixonadas do autor quando trata da conduta de alguns, bem como notícias particulares e saudações.
Um dos escritos que, não obstante os elementos próprios do "estilo carta", pode ser considerado epístola é a Carta aos Romanos. Igualmente, no escrito aos Filipenses, não obstante os problemas identificados na crítica interna da Carta, encontramos um escrito "quase epístola".
Isso posto, chamaremos todos os escritos do "corpus paulinum" de "cartas", reconhecendo que alguns poderiam ser considerados "epístolas".
Paulo foi quem criou a comunicação escrita para o Novo Testamento e foi aquele que mais escreveu. Suas Cartas são anteriores aos textos dos Evangelhos. Quais os motivos que o levaram a escrever? Sem dúvida, suas Cartas são pastorais. Procuram iluminar, com o Evangelho, os problemas enfrentados pelas comunidades cristãs. Ele não inventa teorias, mas tenta, a partir das dificuldades, mostrar o que significa ser cristão, naquele momento e naquele lugar determinado. Por isso é que certas soluções por ele apresentadas devem ser entendidas à luz dos problemas e da realidade que tal comunidade viveu (cf. 1Cor 11,2-16).
Paulo escreveu em grego, mas seu modo de pensar é, na maioria das vezes, o de mestre judeu. Para nós não é fácil acompanhar seu raciocínio. O Antigo Testamento passa necessariamente por Jesus Cristo. Este, com sua vida e pregação, ilumina o ser e o agir do cristão. É por isso que, em suas cartas, encontramos muitas citações do Antigo Testamento. Mas os ensinamentos aí contidos não chegam ao cristão sem serem iluminados, refeitos ou anulados pela pregação e vida de Jesus Cristo, a quem o cristão aderiu pela fé.
Como ler as Cartas
A ordem que as Bíblias utilizam para apresentar as Cartas de Paulo é a do tamanho: da maior à menor. Pode não ser melhor começar a ler Paulo nessa ordem. De fato, a primeira Carta que aparece - aos Romanos - é uma das mais difíceis e um tanto teórica, e não foi a primeira a ser escrita. Ela pressupõe o amadurecimento do pensamento de Paulo, e foi escrita a uma comunidade que ele não fundou nem conhecia.
Portanto, em vez de seguir a ordem de tamanho, sugere-se outro caminho: ler as Cartas segundo a ordem cronológica, ou seja, segundo as datas aproximadas em que foram escritas. Ora, a ordem cronológica não é uma questão pacífica. Os estudiosos discutem ainda hoje qual a época em que apareceram. Mas pode-se traçar um roteiro: começa-se com 1 e 2 Tessalonicenses e, depois, Filipenses. Daí podem-se ler 1 e 2 Coríntios (cf., para isso, a Introdução a 2 Cor), prosseguindo nesta ordem: Gálatas, Romanos, Efésios, Colossenses, Filemon, 1 Timóteo, Tito, 2 Timóteo.
Antes de ler uma Carta, seria bom perguntar: Quais os problemas que estão por detrás desse texto? A quais questionamentos Paulo responde? Por que ele precisou escrever? Para entender essas questões, as Introduções serão uma ajuda indispensável, bem como as notas.
AS Cartas podem ser lidas, começando pelas Pastorais ou, da prisão: 1ª e 2ª a Timóteo, Tito, Fm. É o que propomos neste estudo.
AS Cartas podem ser lidas, começando pelas Pastorais ou, da prisão: 1ª e 2ª a Timóteo, Tito, Fm. É o que propomos neste estudo.
Finalmente, pode-se ler a Cartas pelos temas que mais interessam, por exemplo: como deve ser a comunidade?, o que significa ser cristão?, qual a tarefa do agente de pastoral?, qual o projeto de Deus?, como levar à frente a evangelização? etc. Esses e outros temas aparecem com bastante frequência ao longo das Cartas, e será mais fácil fazer o confronto entre o que Paulo disse a cada comunidade, em tempos e circunstâncias diferentes.
Introdução às Cartas
Introdução às Cartas
Existem as Cartas "protopaulinas" (= autênticas) e as "deuteropaulinas" (segundo estudiosos, cartas escritas por discípulos do apóstolo Paulo. As cartas deuteropaulinas são: 2ª Tessalonicenses, Colossenses, Efésios, 1ª e 2ª a Timóteo e Tito). Todo o conjunto das cartas chama-se "corpus paulinum".
Para estudo, sugerimos que se consulte algumas obras da bibliografia. De modo especial, para uma visão mais completa da vida do Apóstolo, sugerimos: MURPHY-O’CONNOR, J. Paulo de Tarso. História de um Apóstolo. São Paulo: Paulus, Loyola, 2007.
Interessante é fazer uma pesquisa sobre os temas "circuncisão", "hebreu", "fariseu", "justiça" e "apóstolo". Pode usar, para tanto, um dicionário bíblico ou um vocabulário bíblico. As Bíblias apresentam, geralmente, no final do texto, um vocabulário simplificado que pode ser útil para uma pesquisa. Como dicionário, indicamos: VAN DEN BORN, A. (Org.). Dicionário enciclopédico da Bíblia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1971.
Existe uma tábua comparativa da vida de Paulo e um interessante comentário sobre os tipos de vida de São Paulo em: CARREZ, M. et al. As cartas de Paulo, Tiago, Pedro e Judas. São Paulo: Paulinas, 1987. p. 23-28, em especial as páginas 23-24.
Sugerimos que você consulte, ao menos, duas obras interessantes e bem atuais sobre Paulo. A primeira é CROSSAN, J. D.; REED, J. L. Em busca de Paulo. Como o apóstolo de Jesus opôs o Reino de Deus ao Império Romano. São Paulo: Paulinas, 2007. A segunda é: HEYER, C. J. den. Paulo, um homem de dois mundos. São Paulo: Paulus, 2008. Essas duas obras não são contraditórias entre si, mas apresentam enfoques particulares a respeito da personalidade e anúncio de Paulo no mundo pagão.
A título de sugestão, visite o site disponível em: <http://www.saopauloapostolo.net/cartas.htm>. Acesso em: 15 mar. 2012, em comemoração ao Ano Jubilar Paulino (2008-2009), no qual você encontrará farto material sobre Paulo Apóstolo, especialmente sobre suas Cartas.
Corpus paulinum
Atribui-se a Paulo a autoria de 13 dentre 27 livros do Novo Testamento. Seus escritos são os mais antigos do Novo Testamento e, portanto, são os mais originais textos "oficiais" sobre Jesus Cristo e a ressurreição. Ocupa papel de notável destaque na expansão do Cristianismo primitivo, e isso pode ser notado com a leitura de Atos dos Apóstolos. Enfrenta a questão que será determinante para o Cristianismo: a pertença e continuidade ao Povo da Antiga Aliança, isto é, Israel. Faz Teologia quando escreve, elaborando os primeiros raciocínios a respeito de Jesus, de sua identidade, das consequências de sua história e de seu evento.
É, fundamentalmente, um apaixonado pelo que vive e faz. Especialmente, ele é apaixonado pela Pessoa e Missão de Jesus Cristo. Por isso, ele não pode deixar de expressar-se de modo arrebatador quando fala e escreve. Temos outros motivos para entender que Paulo, sua pessoa e obra são muito importantes para o Cristianismo primitivo.
Alguns princípios teológicos e algumas informações a respeito da Igreja das origens e mesmo a respeito de Jesus nos são apresentados por Paulo. A principal fonte de conhecimento de sua mensagem está no chamado "corpus paulinum". Essa expressão, recorrente nestas páginas, refere-se ao conjunto das Cartas de Paulo ou atribuídas a ele.
Outra fonte importante para compreendê-lo é o livro de Atos dos Apóstolos. Embora esse livro não esteja em perfeito acordo com o "corpus paulinum", quando se trata de diversas informações sobre a vida e as atividades de Paulo, é de notável importância o que lá se encontra sobre o Apóstolo.
Conteúdo das Cartas
Nas Cartas Paulinas, encontra-se um material vastíssimo, testemunha da Igreja das origens, anterior à redação dos Evangelhos canônicos. Esse material pode ser identificado como:
1) Confissões de fé, sejam inteiras ou fragmentos. • Trata-se de fórmulas breves que expressam verdades fundamentais da fé. Vejam-se, por exemplo: 1 Tessalonicenses 1,10; Gálatas 1,3-5; 1 Coríntios 15,3-4; Romanos 1,2-5. […] a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo, que se entregou por nossos pecados, para nos libertar da perversidade do mundo presente, segundo a vontade de Deus, nosso Pai, a quem seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém (Gálatas 1,3-4).
2) Fórmulas litúrgicas, certamente usadas nas comunidades primitivas. Paulo menciona-as propositalmente ou subliminarmente, tamanha era a sua imersão no mistério da fé em Jesus Cristo e sua expressão na Igreja. Podem ser fórmulas: a) Eucarísticas: 1 Coríntios 10,16; 11,23-24. b) Preces: 1 Coríntios 16,22: Maranatha! c) Ação de graças: 1 Tessalonicenses 1,2-4; 1 Coríntios 1,4-9; 2 Coríntios 1,3-7; Filipenses 1,3-11; Romanos 1,8; Filemon 4-7. d) Confissão de fé: 1 Coríntios 8,6. e) Bênção: Gálatas 6,16; Filipenses 4,23; 2 Coríntios 13,13; Filemon 25. f) Doxologias: 2 Coríntios 1,3; 11,36; Romanos 1,25; 9,5; Gálatas 1,5; Filipenses 4,20; Romanos 11,36; 16,25.
3) Hinos – adaptados ou compostos por ele: 1 Coríntios 12,31-14,1 (hino à caridade); Filipenses 2,6,11; Colossenses 1,1-20 (hino cristológico). 4) Retórica, com argumentação própria, de índole missionária e apostólica.
Paulo: Apresentação – 1 e 2 Tessalonicenses
5) Citações da Escritura: Paulo usa muitas citações do Antigo Testamento em suas Cartas. O texto que ele segue é a tradução grega chamada dos LXX (Septuaginta).
6) Exortações morais, como Gálatas 4,21-31; 1 Coríntios 10,1-11; 2 Coríntios 3,4–8. A moral é dinâmica e parte da intervenção do Senhor na vida do fiel e da comunidade, como se vê em 2 Tessalonicenses 2,13-14; 1 Coríntios 10,14-22; 1 Coríntios 10,23-11,1; Romanos 14,1-15,7.
7) Homilética e parênese (= exortações, recomendações, discurso moral): 2 Coríntios 8,1-24 e 9,1-15.
8) Passagens autobiográficas, em que Paulo indica fatos e situações de sua vida e de seu ministério.
9) Indicações cronológicas e geográficas. Por exemplo, em 1 Tessalonicenses 2,2, encontramos a indicação de que a Carta foi escrita depois dos incidentes de Filipos; em 3,1, temos a menção de Atenas; 1 Coríntios 16,8 indica que a Carta foi escrita em Éfeso e, provavelmente, antes de Pentecostes; 2 Coríntios 11,7–9 recorda os socorros das Igrejas da Macedônia para com a Igreja Mãe de Jerusalém.
10) Recordações da origem de Paulo e de sua história. Em Filipenses 3,5ss, temos uma espécie de cartão de visitas biográfico do Apóstolo. Em 1 Tessalonicenses 2,9; 2 Tessalonicenses 3,8; 1 Coríntios 4,12 e 9,13-15, sabemos que ele fabricava tendas.
11) As melhores recordações da própria vida e indicações biográficas são encontradas em 2 Coríntios 11,22-33 e Gálatas 1,6-2,14.
Nas Cartas, Paulo exorta, educa, corrige, elogia, explica, justifica, demonstra e usa de argumentos para três pontos ou interesses:
• Anunciar Jesus Cristo e seu Evangelho.
• Deixar claro o fundamento do novo caminho que foi inaugurado com a morte e ressurreição de Jesus.
• Apresentar argumentos de esclarecimento de ideias, atitudes e doutrinas que ele, Paulo, ou outros vivem e propõem.
As Cartas paulinas são pragmáticas, isto é, estão ligadas ao elemento prático. Elas têm a característica de responder às necessidades do momento em que foram escritas e dão atenção às situações que existiam nas Igrejas (comunidades) concretas, que existiam no tempo de Paulo, e muitas foram fundadas por ele mesmo.
É na Carta aos Romanos que encontramos uma elaboração mais refinada, mais coerente. Ele desejou deixar, naquele texto, o seu pensamento sobre pontos importantes e decisivos do Cristianismo. Alguns biblistas já chamaram a Carta aos Romanos de primeiro livro de Teologia do Cristianismo.
Este estudo foi organizado a partir de inúmeras fontes. Entre elas, os textos recentes do professor de Teologia Bíblica, Padre Mauro Negro.
ESQUEMA FUNDAMENTAL DAS CARTAS PAULINAS
A. Uma introdução:
Autoria e destinatários. Algumas palavras de exortação e gratidão.
B. Corpo do texto:
Argumentos que se sucedem. Cada carta tem um ou vários focos.
C. Conclusão
Saudações individuais e comunitárias. Alguma ação de graças. Despedida.
Questões literárias
O vocabulário das pastorais é muito diferente do vocabulário das outras Cartas paulinas, especialmente das "grandes Cartas":
Romanos, 1 e 2 Coríntios e Gálatas.
Há expressões que são únicas, a chamada hapax legomenon, isto é, expressão ou palavra usada uma única vez. Isso indica que o autor ou autores das pastorais são outros, não Paulo.
Mas notemos que muitas dessas expressões hapax legomenon são circunstanciais, como avô, estômago, manto, pergaminho etc. São palavras nascidas da argumentação em questão, não diferenças de pensamento. Quando o texto de 1 Coríntios apresenta a palavra "idolotitos", que são sacrifícios oferecidos aos ídolos, e ela não aparece em qualquer outro escrito seguramente paulino, isso implica que 1 Coríntios não seja paulina.
Implica, sim, que o assunto era relacionado apenas àquela carta. As Cartas pastorais apresentam termos e circunstâncias muito próprios das relativas aos pastores e líderes de comunidade. Os serviços ou funções eclesiais são ainda muito elementares. Não há, por exemplo, uma distinção clara entre presbíteros e epíscopos.
Em meados do século 2º, essa distinção já existe, por exemplo, nas Cartas de Inácio de Antioquia e na Carta de Clemente Romano.
Segundo uma antiga tradição, Paulo teria sido martirizado em Roma pelo ano 67.
Qual sequência seguir no estudo?
Qual sequência supor, então, para os fatos em seguida àqueles narrados em Atos?
Sugerimos o que alguns estudiosos já propõem.
Paulo teria deixado o cativeiro romano, depois de dois anos, sem uma condenação. Pórcio Festo não achara nada em Paulo digno de condenação. Teria mandado seus relatórios para Roma, e Paulo teria sido beneficiado da situação.
Depois de ter deixado a prisão romana pelo ano 63, Paulo pôde ter seguido para a Espanha. Retornou e, em Creta, deixou Tito, indo para Éfeso, onde deixou Timóteo e partiu para a Macedônia. Lá, depois de algum tempo, escreveu 1ª a Timóteo e Tito, provavelmente entre os anos 64 ou 65. Deixou Éfeso, foi feito prisioneiro lá ou em outro local, foi levado para Roma, onde, em prisão rigorosa, escreveu, pelo ano 67, a 2 Timóteo.
Essa sequência de fatos não é arbitrária. Mas segue a opinião de estudiosos gabaritados. Confira, a respeito, os comentários de MURPHY-O’CONNOR, J. Paulo: biografia crítica. São Paulo: Loyola, 2000. p. 345-374. Confira, também
BRUCE, F. F. Paulo, o apóstolo da graça. Sua vida, cartas e teologia. Santo Amaro: Shedd publicações, 2008. p. 429-443.
Referências bibliográficas
01. A Bíblia Novo Testamento, Paulinas, 2015
02. BALLARINI, T. et al. Introdução à Bíblia. Epístolas do cativeiro. Pastorais. Hebreus. Católicas. Apocalipse. Petrópolis: Vozes, 1969. p. 59-164. Vol. V/2.
03. Bíblia Pastoral, Paulus, Introduções
04. BORTOLINI, José. Como ler... (cada carta). São Paulo:Paulus.
05.BRUCE, F. F. Paulo, o apóstolo da graça. Sua vida, cartas e teologia. Santo Amaro: Shedd publicações, 2008.
06. CARREZ, M. et al. As cartas de Paulo, Tiago, Pedro e Judas. São Paulo: Paulinas, 1987. p. 23-28, em especial as páginas 23-24.
07. CERFAUX, L. O cristão na teologia de São Paulo. São Paulo: Paulinas, 1978. p. 445-483.
08. CROSSAN, J. D.; REED, J. L. Em busca de Paulo. Como o apóstolo de Jesus opôs o Reino de Deus ao Império Romano. São Paulo: Paulinas, 2007.
09. HEYER, C. J. den. Paulo, um homem de dois mundos. São Paulo: Paulus, 2008.
10. MURPHY-O’CONNOR, J. Paulo de Tarso. História de um Apóstolo. São Paulo: Paulus, Loyola, 2007.
11. MURPHY-O’CONNOR, J. Paulo: biografia crítica. São Paulo: Loyola, 2000. p. 345-374.
12. VAN DEN BORN, A. (Org.). Dicionário enciclopédico da Bíblia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1971.
Referências digitais
13. http://www.saopauloapostolo.net/cartas.htm
14. Catecismo da Igreja Católica (CIC)
www.vatican.va/archive/ccc/index_po.htm
15. NEGRO, Mauro. Cartas paulinas, Batatais, SP: Claretiano EaD, 2013. Formado na Pontifícia Universidade Gregoriana e no Pontifício Instituto Bíblico. Professor de Teologia Bíblica, Antigo e Novo Testamento, na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (PUC-SP). Leciona, também, na Escola Bíblica da Região Episcopal Ipiranga (Arquidiocese de São Paulo).
Roteiro para estudo
Seguindo os passos de Paulo, como peregrinos paulinos, temos um caminho, uma meta, recursos para esta caminhada.
Colocamos nossas sandálias da disposição a caminhar.
Tomamos uma "mochila virtual" (este blog)
onde vamos carregar a nossa biblioteca paulina.
No caminho, vamos nos orientando por ela.
Invocamos o Espírito Santo
Tomamos consciência do "amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado". (Rm 5,3). Tomamos consciência de que "somos templos de Deus e que o Espírito de Deus habita em nós" (1Cor 3,16). E "acolhemos dentro de nós a Palavra, com a alegria do Espírito Santo". (1Ts 1, 6).
No final, poderemos, dizer como Paulo a Tito: "Deus derramou abundantemente o Espírito sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, para que, justificados por sua graça, nós nos tornássemos herdeiros da esperança da vida eterna. (Tt 3,6-7).
Roteiro
2018
julho - Introdução, Cartas Pastorais - 1 e 2 Timóteo (1Tm, 2Tm), Tito
Agosto - Cartas Pastorais - 1 e 2 Timóteo (1Tm, 2Tm), Tito
Setembro - Colossenses (Cl)
Outubro - Filipenses (Fl)
Novembro - Filipenses (Fl)
Dezembro - Retiro - Fl 2,5-11
2019
Janeiro - 1 Tessalonicenses (1Ts)
Fevereiro - 2 Tessalonicenses (2Ts)
Março– Efésios (Ef)
Dezembro - Confraternização
Interessante é fazer uma pesquisa sobre os temas "circuncisão", "hebreu", "fariseu", "justiça" e "apóstolo". Pode usar, para tanto, um dicionário bíblico ou um vocabulário bíblico. As Bíblias apresentam, geralmente, no final do texto, um vocabulário simplificado que pode ser útil para uma pesquisa. Como dicionário, indicamos: VAN DEN BORN, A. (Org.). Dicionário enciclopédico da Bíblia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1971.
Existe uma tábua comparativa da vida de Paulo e um interessante comentário sobre os tipos de vida de São Paulo em: CARREZ, M. et al. As cartas de Paulo, Tiago, Pedro e Judas. São Paulo: Paulinas, 1987. p. 23-28, em especial as páginas 23-24.
Sugerimos que você consulte, ao menos, duas obras interessantes e bem atuais sobre Paulo. A primeira é CROSSAN, J. D.; REED, J. L. Em busca de Paulo. Como o apóstolo de Jesus opôs o Reino de Deus ao Império Romano. São Paulo: Paulinas, 2007. A segunda é: HEYER, C. J. den. Paulo, um homem de dois mundos. São Paulo: Paulus, 2008. Essas duas obras não são contraditórias entre si, mas apresentam enfoques particulares a respeito da personalidade e anúncio de Paulo no mundo pagão.
A título de sugestão, visite o site disponível em: <http://www.saopauloapostolo.net/cartas.htm>. Acesso em: 15 mar. 2012, em comemoração ao Ano Jubilar Paulino (2008-2009), no qual você encontrará farto material sobre Paulo Apóstolo, especialmente sobre suas Cartas.
Corpus paulinum
Atribui-se a Paulo a autoria de 13 dentre 27 livros do Novo Testamento. Seus escritos são os mais antigos do Novo Testamento e, portanto, são os mais originais textos "oficiais" sobre Jesus Cristo e a ressurreição. Ocupa papel de notável destaque na expansão do Cristianismo primitivo, e isso pode ser notado com a leitura de Atos dos Apóstolos. Enfrenta a questão que será determinante para o Cristianismo: a pertença e continuidade ao Povo da Antiga Aliança, isto é, Israel. Faz Teologia quando escreve, elaborando os primeiros raciocínios a respeito de Jesus, de sua identidade, das consequências de sua história e de seu evento.
É, fundamentalmente, um apaixonado pelo que vive e faz. Especialmente, ele é apaixonado pela Pessoa e Missão de Jesus Cristo. Por isso, ele não pode deixar de expressar-se de modo arrebatador quando fala e escreve. Temos outros motivos para entender que Paulo, sua pessoa e obra são muito importantes para o Cristianismo primitivo.
Alguns princípios teológicos e algumas informações a respeito da Igreja das origens e mesmo a respeito de Jesus nos são apresentados por Paulo. A principal fonte de conhecimento de sua mensagem está no chamado "corpus paulinum". Essa expressão, recorrente nestas páginas, refere-se ao conjunto das Cartas de Paulo ou atribuídas a ele.
Outra fonte importante para compreendê-lo é o livro de Atos dos Apóstolos. Embora esse livro não esteja em perfeito acordo com o "corpus paulinum", quando se trata de diversas informações sobre a vida e as atividades de Paulo, é de notável importância o que lá se encontra sobre o Apóstolo.
Conteúdo das Cartas
Nas Cartas Paulinas, encontra-se um material vastíssimo, testemunha da Igreja das origens, anterior à redação dos Evangelhos canônicos. Esse material pode ser identificado como:
1) Confissões de fé, sejam inteiras ou fragmentos. • Trata-se de fórmulas breves que expressam verdades fundamentais da fé. Vejam-se, por exemplo: 1 Tessalonicenses 1,10; Gálatas 1,3-5; 1 Coríntios 15,3-4; Romanos 1,2-5. […] a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo, que se entregou por nossos pecados, para nos libertar da perversidade do mundo presente, segundo a vontade de Deus, nosso Pai, a quem seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém (Gálatas 1,3-4).
2) Fórmulas litúrgicas, certamente usadas nas comunidades primitivas. Paulo menciona-as propositalmente ou subliminarmente, tamanha era a sua imersão no mistério da fé em Jesus Cristo e sua expressão na Igreja. Podem ser fórmulas: a) Eucarísticas: 1 Coríntios 10,16; 11,23-24. b) Preces: 1 Coríntios 16,22: Maranatha! c) Ação de graças: 1 Tessalonicenses 1,2-4; 1 Coríntios 1,4-9; 2 Coríntios 1,3-7; Filipenses 1,3-11; Romanos 1,8; Filemon 4-7. d) Confissão de fé: 1 Coríntios 8,6. e) Bênção: Gálatas 6,16; Filipenses 4,23; 2 Coríntios 13,13; Filemon 25. f) Doxologias: 2 Coríntios 1,3; 11,36; Romanos 1,25; 9,5; Gálatas 1,5; Filipenses 4,20; Romanos 11,36; 16,25.
3) Hinos – adaptados ou compostos por ele: 1 Coríntios 12,31-14,1 (hino à caridade); Filipenses 2,6,11; Colossenses 1,1-20 (hino cristológico). 4) Retórica, com argumentação própria, de índole missionária e apostólica.
Paulo: Apresentação – 1 e 2 Tessalonicenses
5) Citações da Escritura: Paulo usa muitas citações do Antigo Testamento em suas Cartas. O texto que ele segue é a tradução grega chamada dos LXX (Septuaginta).
6) Exortações morais, como Gálatas 4,21-31; 1 Coríntios 10,1-11; 2 Coríntios 3,4–8. A moral é dinâmica e parte da intervenção do Senhor na vida do fiel e da comunidade, como se vê em 2 Tessalonicenses 2,13-14; 1 Coríntios 10,14-22; 1 Coríntios 10,23-11,1; Romanos 14,1-15,7.
7) Homilética e parênese (= exortações, recomendações, discurso moral): 2 Coríntios 8,1-24 e 9,1-15.
8) Passagens autobiográficas, em que Paulo indica fatos e situações de sua vida e de seu ministério.
9) Indicações cronológicas e geográficas. Por exemplo, em 1 Tessalonicenses 2,2, encontramos a indicação de que a Carta foi escrita depois dos incidentes de Filipos; em 3,1, temos a menção de Atenas; 1 Coríntios 16,8 indica que a Carta foi escrita em Éfeso e, provavelmente, antes de Pentecostes; 2 Coríntios 11,7–9 recorda os socorros das Igrejas da Macedônia para com a Igreja Mãe de Jerusalém.
10) Recordações da origem de Paulo e de sua história. Em Filipenses 3,5ss, temos uma espécie de cartão de visitas biográfico do Apóstolo. Em 1 Tessalonicenses 2,9; 2 Tessalonicenses 3,8; 1 Coríntios 4,12 e 9,13-15, sabemos que ele fabricava tendas.
11) As melhores recordações da própria vida e indicações biográficas são encontradas em 2 Coríntios 11,22-33 e Gálatas 1,6-2,14.
Nas Cartas, Paulo exorta, educa, corrige, elogia, explica, justifica, demonstra e usa de argumentos para três pontos ou interesses:
• Anunciar Jesus Cristo e seu Evangelho.
• Deixar claro o fundamento do novo caminho que foi inaugurado com a morte e ressurreição de Jesus.
• Apresentar argumentos de esclarecimento de ideias, atitudes e doutrinas que ele, Paulo, ou outros vivem e propõem.
As Cartas paulinas são pragmáticas, isto é, estão ligadas ao elemento prático. Elas têm a característica de responder às necessidades do momento em que foram escritas e dão atenção às situações que existiam nas Igrejas (comunidades) concretas, que existiam no tempo de Paulo, e muitas foram fundadas por ele mesmo.
É na Carta aos Romanos que encontramos uma elaboração mais refinada, mais coerente. Ele desejou deixar, naquele texto, o seu pensamento sobre pontos importantes e decisivos do Cristianismo. Alguns biblistas já chamaram a Carta aos Romanos de primeiro livro de Teologia do Cristianismo.
Este estudo foi organizado a partir de inúmeras fontes. Entre elas, os textos recentes do professor de Teologia Bíblica, Padre Mauro Negro.
ESQUEMA FUNDAMENTAL DAS CARTAS PAULINAS
A. Uma introdução:
Autoria e destinatários. Algumas palavras de exortação e gratidão.
B. Corpo do texto:
Argumentos que se sucedem. Cada carta tem um ou vários focos.
C. Conclusão
Saudações individuais e comunitárias. Alguma ação de graças. Despedida.
Questões literárias
O vocabulário das pastorais é muito diferente do vocabulário das outras Cartas paulinas, especialmente das "grandes Cartas":
Romanos, 1 e 2 Coríntios e Gálatas.
Há expressões que são únicas, a chamada hapax legomenon, isto é, expressão ou palavra usada uma única vez. Isso indica que o autor ou autores das pastorais são outros, não Paulo.
Mas notemos que muitas dessas expressões hapax legomenon são circunstanciais, como avô, estômago, manto, pergaminho etc. São palavras nascidas da argumentação em questão, não diferenças de pensamento. Quando o texto de 1 Coríntios apresenta a palavra "idolotitos", que são sacrifícios oferecidos aos ídolos, e ela não aparece em qualquer outro escrito seguramente paulino, isso implica que 1 Coríntios não seja paulina.
Implica, sim, que o assunto era relacionado apenas àquela carta. As Cartas pastorais apresentam termos e circunstâncias muito próprios das relativas aos pastores e líderes de comunidade. Os serviços ou funções eclesiais são ainda muito elementares. Não há, por exemplo, uma distinção clara entre presbíteros e epíscopos.
Em meados do século 2º, essa distinção já existe, por exemplo, nas Cartas de Inácio de Antioquia e na Carta de Clemente Romano.
Segundo uma antiga tradição, Paulo teria sido martirizado em Roma pelo ano 67.
Qual sequência seguir no estudo?
Qual sequência supor, então, para os fatos em seguida àqueles narrados em Atos?
Sugerimos o que alguns estudiosos já propõem.
Paulo teria deixado o cativeiro romano, depois de dois anos, sem uma condenação. Pórcio Festo não achara nada em Paulo digno de condenação. Teria mandado seus relatórios para Roma, e Paulo teria sido beneficiado da situação.
Depois de ter deixado a prisão romana pelo ano 63, Paulo pôde ter seguido para a Espanha. Retornou e, em Creta, deixou Tito, indo para Éfeso, onde deixou Timóteo e partiu para a Macedônia. Lá, depois de algum tempo, escreveu 1ª a Timóteo e Tito, provavelmente entre os anos 64 ou 65. Deixou Éfeso, foi feito prisioneiro lá ou em outro local, foi levado para Roma, onde, em prisão rigorosa, escreveu, pelo ano 67, a 2 Timóteo.
Essa sequência de fatos não é arbitrária. Mas segue a opinião de estudiosos gabaritados. Confira, a respeito, os comentários de MURPHY-O’CONNOR, J. Paulo: biografia crítica. São Paulo: Loyola, 2000. p. 345-374. Confira, também
BRUCE, F. F. Paulo, o apóstolo da graça. Sua vida, cartas e teologia. Santo Amaro: Shedd publicações, 2008. p. 429-443.
Referências bibliográficas
01. A Bíblia Novo Testamento, Paulinas, 2015
02. BALLARINI, T. et al. Introdução à Bíblia. Epístolas do cativeiro. Pastorais. Hebreus. Católicas. Apocalipse. Petrópolis: Vozes, 1969. p. 59-164. Vol. V/2.
03. Bíblia Pastoral, Paulus, Introduções
04. BORTOLINI, José. Como ler... (cada carta). São Paulo:Paulus.
05.BRUCE, F. F. Paulo, o apóstolo da graça. Sua vida, cartas e teologia. Santo Amaro: Shedd publicações, 2008.
06. CARREZ, M. et al. As cartas de Paulo, Tiago, Pedro e Judas. São Paulo: Paulinas, 1987. p. 23-28, em especial as páginas 23-24.
07. CERFAUX, L. O cristão na teologia de São Paulo. São Paulo: Paulinas, 1978. p. 445-483.
08. CROSSAN, J. D.; REED, J. L. Em busca de Paulo. Como o apóstolo de Jesus opôs o Reino de Deus ao Império Romano. São Paulo: Paulinas, 2007.
09. HEYER, C. J. den. Paulo, um homem de dois mundos. São Paulo: Paulus, 2008.
10. MURPHY-O’CONNOR, J. Paulo de Tarso. História de um Apóstolo. São Paulo: Paulus, Loyola, 2007.
11. MURPHY-O’CONNOR, J. Paulo: biografia crítica. São Paulo: Loyola, 2000. p. 345-374.
12. VAN DEN BORN, A. (Org.). Dicionário enciclopédico da Bíblia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1971.
Referências digitais
13. http://www.saopauloapostolo.net/cartas.htm
14. Catecismo da Igreja Católica (CIC)
www.vatican.va/archive/ccc/index_po.htm
15. NEGRO, Mauro. Cartas paulinas, Batatais, SP: Claretiano EaD, 2013. Formado na Pontifícia Universidade Gregoriana e no Pontifício Instituto Bíblico. Professor de Teologia Bíblica, Antigo e Novo Testamento, na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (PUC-SP). Leciona, também, na Escola Bíblica da Região Episcopal Ipiranga (Arquidiocese de São Paulo).
Roteiro para estudo
Seguindo os passos de Paulo, como peregrinos paulinos, temos um caminho, uma meta, recursos para esta caminhada.
Colocamos nossas sandálias da disposição a caminhar.
Tomamos uma "mochila virtual" (este blog)
onde vamos carregar a nossa biblioteca paulina.
No caminho, vamos nos orientando por ela.
Invocamos o Espírito Santo
Tomamos consciência do "amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado". (Rm 5,3). Tomamos consciência de que "somos templos de Deus e que o Espírito de Deus habita em nós" (1Cor 3,16). E "acolhemos dentro de nós a Palavra, com a alegria do Espírito Santo". (1Ts 1, 6).
No final, poderemos, dizer como Paulo a Tito: "Deus derramou abundantemente o Espírito sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, para que, justificados por sua graça, nós nos tornássemos herdeiros da esperança da vida eterna. (Tt 3,6-7).
Podemos seguir, individualmente ou em grupo, o
Roteiro
2018
julho - Introdução, Cartas Pastorais - 1 e 2 Timóteo (1Tm, 2Tm), Tito
Agosto - Cartas Pastorais - 1 e 2 Timóteo (1Tm, 2Tm), Tito
Setembro - Colossenses (Cl)
Outubro - Filipenses (Fl)
Novembro - Filipenses (Fl)
Dezembro - Retiro - Fl 2,5-11
2019
Janeiro - 1 Tessalonicenses (1Ts)
Fevereiro - 2 Tessalonicenses (2Ts)
Março– Efésios (Ef)
Dezembro - Confraternização
Seguindo os passos de Paulo, como peregrinos paulinos, temos um caminho, uma meta, recursos para esta caminhada.
Colocamos nossas sandálias da disposição a caminhar.
Tomamos uma "mochila virtual" (este blog)
onde vamos carregar a nossa biblioteca paulina.
No caminho, vamos nos orientando por ela.
Invocamos o Espírito Santo
Tomamos consciência do "amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado". (Rm 5,3). Tomamos consciência de que "somos templos de Deus e que o Espírito de Deus habita em nós" (1Cor 3,16). E "acolhemos dentro de nós a Palavra, com a alegria do Espírito Santo". (1Ts 1, 6).
No final, poderemos, dizer como Paulo a Tito: "Deus derramou abundantemente o Espírito sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, para que, justificados por sua graça, nós nos tornássemos herdeiros da esperança da vida eterna. (Tt 3,6-7).
Podemos seguir, individualmente ou em grupo, o
Proposta de Roteiro
2018
julho - Introdução
Agosto - Cartas Pastorais:1 e 2 Timóteo (1Tm, 2Tm), Tito
setembro - Cartas Pastorais: 1 e 2 Timóteo (1Tm, 2Tm), Tito
outubro - Colossenses (Cl)
Novembro - Filipenses (Fl)
Dezembro - Filipenses (Fl)
- Retiro anual ( Fl 2,5-11)
2019
janeiro- 1 Tessalonicenses (1Ts)
Fevereiro - 2 Tessalonicenses (2Ts)
Março – Efésios (Ef)
Abril - Confraternização
Maio - 1ª Corintios (1Cor)
Junho - 1ª Corintios (1Cor)
Julho- 2ª Corintios (2Cor)
Agosto - 2ª Corintios (2Cor)
Setembro - Gálatas (Gl)
Outubro - Gálatas (Gl)
Novembro e Dezembro- Romanos (Rm)
Julho- 2ª Corintios (2Cor)
Agosto - 2ª Corintios (2Cor)
Setembro - Gálatas (Gl)
Outubro - Gálatas (Gl)
Novembro e Dezembro- Romanos (Rm)
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